Vitamina E – Para que serve, fontes e benefícios

Tudo sobre a Vitamina E. Quais seus benefícios para saúde, deficiências, fontes nos alimentos e quantidade recomendada para se ingerir.





A vitamina E tem um papel extremamente importante quando o assunto é se proteger de doenças. Ela é uma vitamina lipossolúvel e um poderoso agente antioxidante. Isso faz com que ela seja uma das melhores armas para combater os radicais livres, principais responsáveis pelo enfraquecimento das defesas do organismo e podem causar problemas sérios como doenças crônicas, por exemplo, o câncer. Essa vitamina pode ser encontrada em diversos alimentos como óleos vegetais (milho, girassol, cártamo), oleaginosas (nozes, amêndoas, avelãs), vegetais verde-escuros, sementes e outros de origem animal como a gema de ovo e o fígado.


Benefícios da vitamina E

Ação antioxidante
Essa é a sua função de destaque. Ela é simplesmente o antioxidante mais importante que age a nível celular. A presença ou não da vitamina E no organismo vai condicionar a capacidade das membranas das células de não serem danificadas pelos radicais livres. Por causa da sua grande importância como protetora das células, a vitamina E se torna especialmente importante para os praticantes de atividades físicas. Ela consegue minimizar os danos causados pelo estresse oxidativo que ocorre logo após o treino. Dessa forma, as fibras musculares não se danificam tão intensamente.
Tratamento e prevenção do Mal de Parkinson e Doença de Alzheimer
Ainda não foi possível descobrir qual a causa dessas duas patologias. Sabe-se que vários fatores como genética e qualidade de vida influenciam, mas o fator principal ainda não foi esclarecido. Portanto, a melhor forma de cuidar dessas patologias crônicas é a prevenção. A Doença de Alzheimer é uma doença crônica degenerativa que tem como sintomas iniciais a perda progressiva da memória de curto prazo e em casos já mais avançados temos a perda das funções cognitivas. Uma das prováveis causas tanto do Mal de Parkinson quanto a Doença de Alzheimer é a alta atividade dos radicais livres causando a peroxidação lipídica excessiva, acelerando assim a degeneração dos neurônios.

Outros benefícios
Além desses citados acima, a vitamina E pode oferecer outros benefícios. Por exemplo, ela proporciona maior relaxamento dos vasos sanguíneos sendo de grande valia para pacientes cardiopatas e hipertensos. Além disso, a sua ação antioxidante também ajuda a reduzir os riscos do indivíduo desenvolver uma doença coronariana. Ela também pode ajudar na prevenção ou retardo da Esclerose Lateral Amiotrófica também conhecida como ELA, porém ainda são necessários maiores estudos.

A vitamina E também auxilia na absorção da vitamina A.


Qual a quantidade ideal para se ingerir?

Há uma recomendação do Instituto de Medicina dos Estados Unidos para ingestão diária de vitamina E, mas estudos ainda estão sendo feitos para ajustar esses valores. Assim, gestantes, lactantes e adultos maiores de 19 anos precisam de 15 mg por dia. Já os bebês de até 6 meses de vida precisam de, no máximo, 4 mg por dia.

As pesquisas ainda não conseguiram quantificar o quanto de vitamina E os brasileiros ingerem diariamente. Nos EUA uma tática foi criada para melhorar o consumo dessa vitamina por parte das crianças. São encontradas grandes doses dessa substância em alimentos como margarina, biscoitos, pães, bolos e até mesmo nas batatas chips. Dessa forma a ingestão diária consegue estabelecer uma margem que fica entre 3,9% a 10,7% do que é recomendado.


Outros alimentos que são fontes de Vitamina E
  • Verduras como: agrião, alface, couve e espinafre;
  • Os óleos vegetais como :azeite de dendê, milho, soja, algodão;
  • banana, kiwi;
  • Gema do ovo;
  • carnes e peixes;
  • nozes, avelã, castanha-do-pará, amêndoa, pistache e amendoim;
  • sementes de girassol, gergelim e linhaça.

Suplementos com vitamina E

A suplementação alimentar com a vitamina E é direcionada apenas para aqueles que estão sofrendo de alguma doença crônica e que têm grandes chances de desenvolvê-la. Alguns estudos epidemiológicos conseguiram registrar uma eficácia na ingestão dessa substância em doses maiores que as recomendadas. Porém, outros, evidenciaram um efeito oposto do consumo excessivo de vitamina E, ou seja, ela aumenta a oxidação celular, prejudicando o organismo. Além disso, pode alterar os mecanismos de coagulação provocando tromboses, 
fadiga, dor de cabeça, hipoglicemia e alterações nas células de defesa.

Deficiência de vitamina E

Uma vitamina tão importante como essa certamente faz muita falta no organismo e pode causar uma série de complicações. Não é muito comum que ocorra uma deficiência de vitamina E, porém pode acontecer nos casos de uma patologia genética ou com outras adquiridas que prejudicam a absorção desse nutriente como a fibrose cística, obstrução do ducto biliar ou a síndrome do intestino curto. Também pode ocorrer com pessoas que possuem dificuldade de absorver a gordura dos alimentos já que a vitamina E é lipossolúvel e precisa de gordura no organismo para poder agir. Veja abaixo outros sinais e sintomas apresentados pela deficiência de vitamina E:
  • colestase;
  • alterações hepáticas;
  • dor muscular e esquelética;
  • anemia hemolítica;
  • lesão na bainha de mielina causando degeneração neural;
  • redução de creatina sérica;
Em crianças, a deficiência dessa vitamina pode comprometer a coordenação motora, dificuldade de mover os olhos causando uma modificação no campo visual, perda dos reflexos e fraqueza muscular. Já no caso dos recém-nascidos prematuros, essa deficiência durante a gestação pode provocar uma redução da absorção da vitamina E durante o crescimento.



Referências:
BATISTA, Ellencristina da Silva; COSTA, André Gustavo Vasconcelos; PINHEIRO-SANT’ANA, Helena Maria. Adição de vitamina E e os alimentos: implicações para os alimentos e para a saúde humana. Revista de Nutrição. Campinas, 20 (5): 525 – 535, set./out., 2007.

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